
Durante o mês de maio, Maricá intensifica sua atuação em prol da saúde mental por meio de ações que celebram a Luta Antimanicomial. Nesta terça (13), a Lona Cultural de Itaipuaçu foi palco de atividades como pintura, poesia, música e exercícios físicos voltadas a usuários da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). A iniciativa, liderada pela Secretaria de Saúde, reforça a importância de um cuidado mais humano, inclusivo e sem isolamento.
Profissionais de diferentes áreas se uniram para promover um ambiente acolhedor, integrando serviços como CAPS, CAPSi, CAPS-AD e os Serviços Residenciais Terapêuticos. Para o secretário de Saúde, Marcelo Velho, as ações demonstram o compromisso da cidade com práticas de cuidado baseadas na liberdade e na dignidade. Já a superintendente de saúde mental, Daiana Albino, destacou a importância da união entre os serviços e o papel dos espaços de convivência na desconstrução de estigmas.
A programação segue com uma intervenção artística na Arena Flamengo (14/05) e um fórum sobre urgência em saúde mental no Cine Henfil (15/05). O encerramento acontece no dia 30/05 na Praça Orlando de Barros Pimentel, com atividades culturais, ações esportivas e atendimentos de saúde.
O movimento antimanicomial surgiu no Brasil como parte da reforma psiquiátrica nos anos 1970, culminando na Lei 10.216/2001, que prioriza o cuidado em liberdade e a reinserção social. Em Maricá, esse compromisso é traduzido em ações contínuas, que visam eliminar o preconceito, valorizar os usuários dos serviços e garantir uma rede de apoio efetiva.
A história de Roselito de Souza, usuário do CAPS desde 2010, é um exemplo vivo da transformação proporcionada por esse modelo: “O CAPS me salvou. Eu estava em depressão e hoje me amo de novo”, declarou.
Maricá segue mostrando que saúde mental.